sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Hoje abri um papel. Pequenino, com doze alíneas. Ao abrir esse papel, conferi que a taxa de sucesso nem foi má. Conferi também que falhei algumas coisas redondamente, mas não precisava de abrir o papel para o saber. Ainda assim, 2010 também foi feito de coisas que não pedi, não imaginei... mas que aconteceram! Foi um ano de evolução, de trabalho, de procura, de luta, de nervos, de saudade, de amizade, de descoberta, de inseguranças também, de amor (daquele que dói como se te estivessem a cravar as unhas), de cansaço mas, ao mesmo tempo, de recompensa.

Ao abrir a carteira para tirar o papel dos desejos, vieram outros papéis e outras recordações atrás. Conviveram juntos durante um ano. Juntos, mas distantes...

Feliz 2011!

domingo, 26 de dezembro de 2010

Perante as duas linhas que acabo de ler, só me surge um pensamento... e em forma de dúvida:

Era suposto que isso constituísse novidade?? É que o que leio a 26 do mês 12 é o mesmo que já ouvi no mês 5, no 6, no 8, no 9... não seria tão verdade assim nessas alturas? Ou se era verdade, porquê dizê-lo agora como se ainda não se soubesse? E já agora... que "tudo que tinha" é esse? O que foi queimado, rasgado e posto num caixote? Se calhar é mesmo esse... enFIM.

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Quando as palavras daqueles por quem nem nutrimos grande simpatia encaixam na perfeição:

"Há dias em que me sinto vazio, como se um cansaço imenso e letárgico se tivesse instalado sem pré-aviso e me tolhasse o coração e o espírito. São dias em que acordar é pior do que ter um pesadelo e levantar-me da cama parece mais difícil do que atravessar o Atlântico a nado. Manhãs submersas em recordações e saudades"... a sonhar calado o que quero e não tenho.

"Não se ama pelas qualidades. Nem por isto ou por aquilo.
Ama-se simplesmente, e sobretudo ama-se apesar deste e aquele defeito."


"Ela não gostava de ninguém e ele gostava dela."

Ponto.

terça-feira, 16 de novembro de 2010

No âmbito da "ideia animada" que surgiu no facebook, porque faz todo o sentido...

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Saiu e disse "Bate a porta quando saíres também."
Desde então que a porta permanece entreaberta.
Lá dentro... só mora um.*

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Por vezes, não há duzentas que substituam ou façam esquecer UMA, aquela que não chegou...

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

And I never meant to cause you trouble
I never meant to do you wrong


sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Passaram 8 meses... e já ficou tão esquecido.

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Cão, como nós...

2h 24 - cansado e já a pensar na minha cama, desci do autocarro e iniciei o meu percurso até casa, como em tantas outras vezes... Mas passaram poucos segundos até que tudo fosse diferente. Aquele cão, que ali estava na esquina do jardim, olhou para mim e de imediato começou a agir como se eu fosse o dono. Assim, sem mais nem menos, sem eu lhe acenar, sem olhar para ele, sem lhe dizer nada... Simplesmente começou a caminhar atrás de mim...
Achei estranho, mas pensei que só ia dar meia dúzia de passos comigo e que depois voltaria para trás. Enganei-me... e quando o percebi, comecei a parar e a mandá-lo embora ou a dizer-lhe "fica aí". Ele parava, olhava para mim, dava sinal de que iria ficar por ali. Mas quando eu virava costas e reiniciava o percurso, lá vinha ele. Tentei de tudo naqueles 10minutos até casa. Andar mais depressa, atravessar a rua, mandá-lo embora, confesso que até tentei esconder-me dele por trás de arbustos e carros. Só que o cão, branco e aparentemente bem tratado para um cão de rua, já agia como se eu fosse mesmo o dono, como se eu tivesse estado sempre ali. Até quando me escondia ele vinha à minha procura rapidamente, como se tivesse perdido peça importante na vida dele.

2h34 - Aquele curto caminho até casa tinha hoje durado um pouco mais, naquele bailado para tentar evitar este desfecho. Ali estávamos, eu e um cão que nunca tinha visto, à porta do meu prédio. Fiz-lhe uma festa na cabeça e de imediato se sentou no chão, como que a prestar-me vassalagem. Pedi-lhe para não vir atrás de mim, mas ele não percebia... Entrei no prédio, a porta fechou-se. O cão veio até à porta do prédio, deitou-se lá e ficou a olhar para mim, como que não percebendo o porquê daquele afastamento. Custou-me entrar no elevador e subir, senti um enorme aperto no coração. Cheguei a casa e lá estava o meu cão à minha espera. Só lhe disse "nem sabes a sorte que tens"... e vim para a cama. Passou quase uma hora e meia desde que saí do autocarro, cansado, e ainda não consegui dormir.

... e pensar que, por tantas vezes, já fui "o cão" desta história.

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Nem sempre uma ponte consegue unir as duas margens... não "para sempre", pelo menos...

... Porque caiu, entre nós, a ponte que viu nascer tudo e que viu sedimentar, em muitos momentos.

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Aprendendo a Aprender...

Após um tempo,
Aprendemos a diferença subtil
Entre segurar uma mão
E acorrentar uma alma,
E aprendemos
Que o amor não significa deitar-se
E uma companhia não significa segurança
E começamos a aprender...
Que os beijos não são contratos
E os presentes não são promessas
E começamos a aceitar as derrotas
De cabeça levantada e os olhos abertos
Aprendemos a construir
Todos os seus caminhos de hoje,
Porque a terra amanhã
É demasiado incerta para planos...
E os futuros têm uma forma de ficarem
Pela metade.
E depois de um tempo
Aprendemos que se for demasiado,
Até um calorzinho do sol queima.
Assim plantamos nosso próprio jardim
E decoramos nossa própria alma,
Em vez de esperarmos que alguém nos traga flores.
E aprendemos que realmente podemos aguentar,
Que somos realmente fortes,
Que valemos realmente a pena,
E aprendemos e aprendemos...
E em cada dia aprendemos.

José Luis Borges - "E aprendemos"

domingo, 3 de outubro de 2010

Nem sempre é possível titular momentos. Nem tão pouco sou bom a titular... sou melhor a contar, talvez... mas nem pra contar tenho tido a vontade necessária. Há quem tente cingir tudo a efeitos, mas esta história só poderia chamar-se "efeito coisa nenhuma". O sentido da história é zero, tão zero como o sentido do que estou para aqui a escrever...

Também me habituei a resumir momentos com músicas. Quando páro e olho para isto, parece-me mal que assim seja. Mas, ao mesmo tempo, parece-me cómodo e confortável. E como faz falta sentir-se algum conforto em alguma, mínima, coisa...

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

So there's nothing left to say?



you try to take comfort in words, but you're just turning into air...

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

"Mentimos a cada 20 minutos e ouvimos cerca de duzentas mentiras todos os dias."

Daí que a maior verdade que nos podem dizer seja... "Já sabes que te vou mentir"...

domingo, 25 de julho de 2010

CAOStico



Farto de ser bem mandado... mas a tentar não sair do trilho...

quinta-feira, 24 de junho de 2010

São Joanesburgo...

... pode ser este o nome para a mistura de festa/saudosismo que vivi hoje. Amanhã até tenho que acordar cedo, mas hoje fiquei criteriosamente à espera da meia noite em Portugal, só para imaginar os foguetes a rebentarem lá no alto... a cascata na ponte D. Luis I... os martelinhos, as gentes, as ruas completamente intransitáveis.
Hoje dava tudo para não estar aqui e estar no meu Porto, na festa que mais gosto e que mais me diz. E nem o facto de ter passado a tarde a mostrar imagens do São João do Porto a brasileiros, ingleses, mexicanos (e a abrir-lhes o apetite para uma visita à Invicta) me diminuiu a saudade. Nem o facto de ter estado no meio de uma valente festa quase carnavalesca, no jogo que deu o apuramento ao Gana para os oitavos de final, me diminuiu a vontade de estar na minha cidade hoje.

E agora, enquanto a minha cidade se diverte numa noite incomparável, eu vou dormir... e sonhar com ela.

sábado, 19 de junho de 2010

19

19 de Junho... 23h30 no Porto. 20 de Junho... 0h30 em Joanesburgo. Seja como e onde for, vai dar ao mesmo...
19 de Junho de 2007. Nessa noite, havia um aniversário. Nessa tarde, houve um passeio pela baixa. Houve fotografias. Houve sol... À noite houve o tal jantar, no Calhambeque. Houve uma saída para ir até ao piolho, onde acabou por beber um favaios com uns italianos. Houve um regresso. Houve quem saísse ao caminho. Houve uma pergunta que foi feita encostado àquela parede branca, com as pedras da calçada como testemunhas. Houve um "aqui?". Houve um "pergunta outra vez". Houve outro "pergunta outra vez". E outro "pergunta outra vez". Houve uma resposta. Eram 23h30. Houve o ir contar a uma pessoa. E a outra. No fundo, houve sol... também à noite.
19 de Junho de 2010. A distancia entre aquela e esta noite não é apenas temporal. Além dos 3 anos que as separam, também "os" separam 8384 quilómetros. E tantas outras coisas... Estão, agora, mais distantes do que nunca. Há, agora, silêncio. Não há "pergunta outra vez". Não há sol. Mas há saudade... maior e mais quente do que o sol.


"O que é nosso, é nosso para sempre!"

sexta-feira, 18 de junho de 2010

"Para que serve o arrependimento, se isso não muda nada do que se passou? O melhor arrependimento é, simplesmente, mudar! "
JOSÉ SARAMAGO

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Por vezes o menos ridículas que as coisas conseguem parecer (e ser) é, ainda assim, demasiado ridículo. É a tal história que uns passam a vida a propalar do "não cuspas para o ar, que te cai em cima". E a verdade é que cai mesmo... até em cima dessas pessoas que tanto o anunciam. Estranho (ou talvez não) é que, quando é com eles, já seja tudo "normal"...

sexta-feira, 11 de junho de 2010

Feeling myself a parentesis, like Ryan Bigham...

terça-feira, 25 de maio de 2010

Tinham-se conhecido num banal jantar de aniversário. Tinham falado de coisas absolutamente triviais. Pelos vistos ela trabalhava numa discoteca mas, de tão trivial (e curta) que foi a conversa, ele nem sabia. Era daqueles contactos tão superficiais que, se se cruzassem por mero acaso na rua, era provável que nem se reconhecessem. Ainda assim, durante dias... semanas, tentaram convencê-lo de que não era assim, de que aquilo era heresia, era interesse. No fundo tentaram convencê-lo de que aquilo era tudo o que não era.
Para acabar com bocas e suspeitas, ele apagou-a do mapa - ela que nem chegou a estar verdadeiramente no mapa. Uns meses depois soube que quem o tinha tentado tão "amavelmente" comprometer com algo impossível frequentava, agora, a tal discoteca onde ela trabalhava. Nos instantes seguintes surgiu-lhe uma dúvida: irá, alguma vez, a pessoa que lhe apontou o dedo tirar tudo a limpo e confirmar aquilo que ele sempre lhe disse sobre esta pseudo-história? Tinha uma oportunidade de ouro, agora...



Mas a resposta é simples...e é "Não". Pois é mais fácil apontar o dedo
"porque sim" do que ver cair por terra coisas infundadas

domingo, 23 de maio de 2010

Desafios...

Desafio 19, Desafio 28, Desafio 10, Desafio 27, desafio, desafio e mais desafio... Tantos desafios "criados" para depois a solução ser: lixo com todos eles. E logo de seguida, esvaziar a reciclagem, pra não sobrarem resquícios de nada!

That's just the way it was...

segunda-feira, 29 de março de 2010

Tudo é Nada
quando
Nada é Tudo

segunda-feira, 15 de março de 2010

Silêncio

"O silêncio é mais nocivo que a mais pura das verdades, por mais dura que ela possa ser. Dá-nos asas à imaginação, onde pintamos mundos e fundos para mais tarde perceber que não usamos as tintas certas..."

domingo, 7 de fevereiro de 2010

E ouve-se ao fundo uma triste canção...



... por soar tão real, soa ainda mais triste...

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Escrevi isto já lá vão quase 2 anos... E o "o resto da NOSSA vida" não era suposto durar menos do que dois míseros anos.