Sem te conseguir vislumbrar.
Onde paras?
Que não te consigo encontrar?
Esta dor, dilacerante,
Sem jeito.
De pulsar constante
Dentro do meu peito,
É intolerante.
Quero libertar-me...
Despojar-me
De tudo o que sinto.
Coloquei o meu canto...
Em palavras que traço
De cores,
Em telas cinzentas
De pranto.
O pássaro,
Que braceja, no ar,
onde plana...
Leva a minha dor
de amor!
E no alto-mar,
Onde ela se espoja
Em ondas,
De vai e vem constante,
Liberta-se esta dor,
Do meu interior.
E no vento, que passa
Em assobios arrepiantes,
Choro os meus fados.
Sinto-me tão sozinho!
Tão pequenino!
Como, aquando na barriga da mãe.
Só que aí era tão desejado...
Augusto P.Gil
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